quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

detalhe do quadro " mulher madura"


Na casa da May Shuravel produzimos muitos desenhos e pinturas durante este ano. Esta mulher surgiu no delicioso papel craft, com tinta acrílica, numa tarde em que o jardim de lavanda estava especialmente perfumado.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

animação de um poema


Animação feita por Paulo Pappera a partir da ilustração e do poema "Ratos" do livro Bichos da Noite ( Editora Dimensão). Esta e mais duas animações foram selecionadas para o Anima Mundi 2007. 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010



Será que o pássaro quando esconde
a cabeça na asa pra dormir
voa pra dentro?

E lá dentro sonha ovos
e esquenta seus passarinhos?

(do livro  "poemas para sonhar" - Larousse)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

o l h a r

um olho olha
o outro flutua

na trama tensa
de um e de outro

um esconde
o outro mostra

à esquerda azul noite
à direita beijo soir de manhã

se um olho voa pro céu
vira lua
se o outro corre pelo chão
vira bolinha de gude

e continuam olhos de cá e de lá
no giro branco do ar escuro
no rodar tranquilo de pequenas estrelas

terça-feira, 30 de novembro de 2010

desvestir



Ilustração e Texto do livro "Poemas para Sonhar" - Larousse
Tirei meu chapéu de Savana,
pleno de leões e girafas.

Minha blusa de Paris,
com rio Sena na costura,
arranquei.

Joguei longe
minhas meias Disneylândia...

Puxei para o chão
meu calção, com bolsos
dos jardins de Copacabana.

Fiquei livre,
com minha pele de menino.
Dei um salto Guarani
no rio daqui,
meu Solimões

Nadei Feliz.



terça-feira, 23 de novembro de 2010

Biscoito Fino 1



Ilust. de Carla Caruso

Lógica

“A preguiça lentamente,
Lentamente a balançar,
Parece dizer à gente:

_ ora essa!
_  ora essa!

Sou eu que vou devagar
Ou você que vai depressa?”

Poema de Sidónio Muralha (1920-1982). 










Suas obras poéticas:

Bicho, bichinhos e bicharocos (1950)
A televisão da bicharada (1962)
A dança dos pica-paus (1976)
Voa, pássaro, voa (1978)
Film en couleur (1981)


Os posts "Biscoito Fino" apresentam poetas que gosto muito e ilustrações que faço especialmente para os poemas.









sábado, 20 de novembro de 2010

Zumbi dos Palmares

Um menino

“omodê olú ojú
Babá lorum ojú modê
Irãn lo wô kurim modê
Babá bukun
Lojô jú mó
Olowô...

Traduzido do ioruba, significa:

“A criança abriu os olhos para a terra
Pai do céu, olha para a criança
Protege este menino
Pai, abençoa ela
Todos os dias...”

Não se sabe se era noite ou dia do ano de 1655. Se a chuva molhava as terras da fértil montanha azul. Seria um dia em que as folhas ficavam secas e voavam pela mata?
Numa das povoações, em alguma casa de uma amorosa mãe preta, ouvia-se um choro. Era  um menino, que passaria para a história do Brasil...
Um grande herói, talvez o último guerreiro do grande quilombo.

  ( Trecho do livro Zumbi, o último Herói dos Palmares). Callis, Editora

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Bruxa à solta

Bruxa


Meia noite,

escuridão.

Sopra o vento,
escura sombra,
fio de voz,
bizarro som

Enrugada e branca,
longas unhas de mãos grandes.
Na janela mostra o rosto,
e a boca enegrecida
solta um  suspiro esquisito
preto grunhido







Quer entrar
naquela casa,
pra roubar mais um menino,
bem quentinho
em seu abrigo.

Maga, bruxa, feiticeira,
das noites longas a vagar,
em busca de mais um pequeno
para seu castelo levar.

Horrenda verruga no nariz,
com pelo de espetar,
balança pendurada
enquanto caminha
a maga bruxa malvada...

Pela fechadura da porta
se encolhe,
escorrega a infeliz
para dentro do quarto,
passando por um triz.


Já bem perto da cama,
arregaça as mangas pretas,
e suas garras do horror
pálidas surgem,
com unhas afiadas
de cortar até o ar.

Mas o bagunceiro menino
deixa o carrinho
no meio do destino
daquela noite escura.

E um tropeção
joga a  bruta senhora  para o chão!
Quebra o pé e o nariz
e vai-se embora sem demora

_ Bruto, bruxo menino!
diz  a maga dolorida.
E num piscar de olhos
desaparece em seguida.


( Texto e ilustração do livro: Poemas Para Assombrar - Editora Larousse).

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Antes do outro

                                                           
            Ela não entendia.                   
            Logo que a campainha soava, insistente, Cibele corria para o quarto. Era estranho, mas, detestava a chegada do pai. Estranho, não. Ele surgia intensamente nervoso, agitado, tenso, com os olhos quase arregalados de conflitos. Seria o mundo lá fora, o mundo de seu pai, tão complicado? 
            Ali, no apartamento espaçoso, o dia era manso com seus irmãos, a mãe tranquila, de pernas torneadas, corpo forte e um olhar azul imenso.
_ Cibele, você já fez a lição? A mãe perguntava.
_ Já, já – dizia a menina – e enrolava-se em brincadeiras até a última hora. Tantas coisas pra fazer e entender ao longo do dia. Dias felizes. O dia. No começo da noite, a mudança: de lago calmo a um mar tremendo de ondas agitadas. Ela com nove anos. Os irmãos, um mais velho e o outro menor.
            _ Meninos, é hora do jantar chamava a mãe. E desabava escura, naquela mesa redonda e lisa, a angústia do pai. Os ouvidos dos três irmãos tão acostumados aos timbres altos e sonoros das vozes cheias de conflitos. A menina olhava aflita para a discussão entre os pais que enchia a sala. As paredes brancas pareciam escurecer. Ela olhava embaixo da mesa. Os pés de todos. O menor já estava lá perto das pernas da mãe como se quisesse segurá-la. O mais velho com as pernas cruzadas, tensas. E Cibele via os seus próprios pés descalços, inseguros. Não conseguia comer nem esconder-se. Tinha vontade de ir para o seu quarto. Às vezes, fixava o olhar no prato e encontrava nas bordas pequenas florezinhas rosas, salpicadas pelo molho vermelho. Naquele dia macarrão à bolonhesa. E a menina fazia desenhos com o garfo. Uma pequena borboleta.
            E os gritos intensos. Até a chegada do silêncio e a costumeira fala da mãe: _ Come, Cibele! Alexandre, sente-se na mesa! E você, Marcelo, já terminou?  Iniciava o jornal da TV, antes da novela. As notícias pareciam trazer mais tensão para o ar daquela sala: _ Esse país não tem jeito! Uma revolução! Re - vo - lu - ção! Só isso para resolver. Dizia o pai, já tomado com as notícias.
            Cibele terminava seu macarrão. "O mundo lá fora era realmente muito complicado.  Lá fora? O que seria uma revolução? Algo parecido com o que acontecia na mesa? O mundo estaria tão errado assim?" Pensava.  Na escola das freiras azuis, aprendia história, um professor cego do olho esquerdo dizia maravilhas sobre o Brasil e tudo parecia tão organizado, coerente e calmo naquele ano de 1978.  No entanto, a menina duvidava um pouco, pelo menos quando lembrava do seu pai dizendo sobre a revolução. Mas, o Brasil para ela era tão verde no mapa.  Enorme, perto dos outros países. E parecia tranqüilo, equilibrado.
            O sinal tocava e, no recreio, vozes por todos os lados. Gritos, bolas.  As crianças jogavam queimada.  Cibele, às vezes, corria para a biblioteca, terminava a lição. E ali, naquele lugar com um cheiro bom e janelas altas com grandes persianas, sentia-se sossegada. Não sabia por qual motivo buscava, nos espaços da escola, lugares isolados, secretos, incomuns.  Mas tinha encanto por escadas que davam para andares pouco usados, corredores escuros. A capela, tão fresca e com janelas que se abriam para muitas árvores. Sempre ficava intrigada com a cruz e o Cristo, na verdade não era bem intrigada, mas impressionada por aqueles pregos e feridas.
             Muitas vezes, corria com os amigos pelas escadarias que levavam ao salão do teatro. Ali havia o palco, escondido atrás de uma cortina verde musgo de veludo, pesada, com cheiro de mofo. Cibele achava graça de tomar lanche naquele lugar nada comum, mas não era o seu lugar preferido, nem dos seus amigos. 
            Numa manhã nublada, quando todos já haviam terminado o lanche, Cibele foi ao banheiro. Na volta passou em frente a uma porta já conhecida que, sempre fechada, guardava um jardim. Ela tentou abrir: fácil, não estava trancada.  Ao entrar, no meio de duas árvores viu um elefantinho amarelo de mola.  Quando bem pequena, brincava nele. "Ah, então está aqui este velho brinquedo, que antes fazia parte do parquinho lá debaixo" – falou para si. Teve uma sensação boa ao ver o tão conhecido elefante naquele espaço novo para ela. Realmente, não era um jardim usado pelas crianças. Parecia esquecido. Ela subiu no elefantinho, riu por dentro de se ver tão grande. E ele que parecia enorme quando era pequena – lembrou-se.
            Durante os recreios, quando Cibele cansava um pouco de tanto brincar com seus amigos, dava uma passada pelo jardim do elefante. No começo ia sozinha, como se fosse um segredo só seu. E permanecia quieta, ouvindo nada, gostava de se sentir sem ninguém. Um frio na barriga de repente. Então saia.  Porém, um dia levou os amigos para o seu jardim que já parecia um esconderijo. E juntos descobriram mais coisas, uma passagem de cimento que dava para o nada. Mas era uma passagem. Às vezes, era ali mesmo, no lugar mais seco e cinza do jardim, que desembrulhavam os lanches e comiam pães com geleia.
            Triiiiimmmm. _ O sinal! – diziam todos, e saiam correndo. Chegavam ofegantes na fila, e rindo.  Cibele ainda visitava sozinha o jardim para ter aquela sensação estranha de se sentir quieta.
            E os lugares que a menina mais gostava na escola pareciam sempre ter uma novidade. Certa manhã, bem cedo, ela foi à biblioteca para fazer sua lição e descobriu um livro de capa dura e verde em cima do balcão. O livro a intrigou, chamava-se “O Jardim Secreto”. Tinha um cheiro de guardado e muitas páginas. Cibele tinha um pouco de preguiça de ler livros muito grandes. “Mas o que teria naquele jardim?” pensou. Ela gostava de histórias. Estava acostumada a ouvir. Ler, menos. Perguntou à bibliotecária se poderia levá-lo. _ Claro, disse a moça tão simpática, é uma história bonita. Cibele preencheu a ficha. Levou-o para casa. O livro ficou algumas semanas no seu criado-mudo. Gostava de ver as figuras. Uma menina feia e emburrada na primeira página. E mais crianças nas outras. Um menino doente. Um jardim. Uma chave.
            Os jantares tensos de sua casa desconcentravam Cibele.  E o dia manso, entre lições e brincadeiras, a distraia.  Assim, não o lia. Às vezes, espiava a primeira frase, mas não continuava, preferia imaginar a história daquela menina emburrada. E ela se sentia assim também depois que o pai chegava.
            Cibele não leu o livro. Devolveu-o. Um dia voltaria a pegá-lo. _ Nas férias, sim! – falou baixinho para o livro e para a menina emburrada do desenho. E sussurrando ainda mais: _ Em julho, naqueles dias frios e chuvosos, em que não posso sair para brincar, vou te ler. – Como se fosse um segredo das duas meninas.
            Depois da mesa, depois do jornal e da TV desligada, a mãe ia lavar a louça. Os irmãos na sala. O pai lendo um livro no seu quarto. Ela, escondida, de gatinho ia olhar a mãe e achava engraçado vê-la de costas e não ser vista. Espiar a mãe. A torneira era fechada, a mãe enxugava as mãos no avental. Cibele, silenciosa, corria para o quarto rindo. Não fora vista. 
            E enfim, bem tarde, juntos, o sono nos olhos de todos. Era neste momento que o pai chamava os três para a história antes de dormir.
_ Não, hoje não quero, dizia Alexandre.
_ Nem eu, dizia Marcelo.
_ Ah, não. Vou dormir, falava Cibele, um pouco magoada com ele.
_ Então vou contar aos meus coelhinhos que moram aqui, dizia o pai.
_ Onde?
_ Onde?
_ Onde?
Ela não entendia.
Os fantásticos personagens que saiam da boca e olhos novos do pai, agora outro.

(Conto publicado na revista Carta Fundamental). Junho de 2010.
 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Lobo bom


ou Lobo mau?


que você é afinal?



Às vezes
dizem que sou bom


Às vezes
que sou mau


mas vou te contar um segredo:


acho que sou um bicho


bem


normal


(do livro bichos da noite - Editora Dimensão 1998)



domingo, 24 de outubro de 2010

As histórias da xícara

 



Outro dia, fui visitar minha amiga Nadra, que nasceu na Síria e veio morar no Brasil ainda pequena. Ela fez um café no Ibrik, um bule de cobre que trouxe de sua terra. Muitas árabes lêem o futuro na borra de café, que é o pó que sobra no fundo da xícara. Mas Nadra vê histórias lá dentro. Depois que tomei o último gole, ela pegou minha xícara e viu os desenhos que se formaram na borra:

- Aqui tem uma lâmpada mágica!, disse Nadra, com olhar inspirando mistério. Quem a encontrou foi Aladim, um menino pobre, que vivia com a mãe.
Um dia, chegou à sua casa um mágico dizendo ser seu tio. Mentira! Ele queria usar o menino para buscar uma lâmpada guardada dentro da terra. Então, deu a Aladim um anel mágico, que abria as portas do lugar misterioso.
Lá entrando, Aladim encontrou um jardim com árvores de esmeraldas, rubis e pérolas, e bem no fundo, a lâmpada.
Ao retornar à superfície, o mágico lhe disse: 'Passe aqui esta lâmpada', com a intenção de deixar o menino preso lá dentro. Aladim, desconfiado, respondeu: 'Não!'. O mágico, furioso, o fechou ali. O menino esfregou as mãos, aflito. Nesse momento, surgiu do anel um pequeno gênio, falando: 'O que desejas?'. 'Voltar para casa!', pediu Aladim. E assim aconteceu.
Certo dia, a mãe de Aladim pegou a velha lâmpada e começou a lustrá-la para deixá-la mais bonita. De repente, viu sair do bico uma estranha fumaça azulada, que se transformou num poderoso gênio. E ele disse:
'O que desejas?'. Naquele dia ela não tinha nem o que comer, então, pediu um bom almoço.
Surgiram muitas bandejas de prata e cálices de ouro, com as mais deliciosas comidas. 'Aladim, venha almoçar', disse a mãe. E assim, mãe e filho fizeram muitos e muitos pedidos, e viveram bem felizes.

E esta foi a história que vi dentro da sua xícara, falou Nadra.

- Hum... Vamos tomar outro café?


Texto e ilustração para  Revista Crescer e, posteriormente, publicação no livro "Contos do Quintal" (Editora Globo).

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

la-gar-ti-xas


A lagartixa andarilha
surge repentina
no chão
no vão
e no teto
ela se arrista
na eterna trilha dos insetos

( do livro bichos de quintal - Editora Dimensão)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Um guia para leitura


Um Guia de livros para serem lidos aos pequenos foi lançado pelo Instituto Alfa e Beto.
Uma equipe com especialistas da área de literatura selecionaram os títulos. Participei de uma das etapas da seleção junto com Silvana Tavano, Iris Odete Borges, João Luís Cardoso Tápias Ceccantini, Laura Sandroni,  Maria da Glória Bordini,  Ninfa Parreiras, Suzana Vargas,  Vera Maria Tietzmann Silva. Foram 600 livros selecionados com o objetivo de incentivar à criança a estabelecer uma relação com a linguagem do livro. O guia possui diversos gêneros: livro-brinquedo, ficção, poesia,  informativo. O critério foi, basicamente,  a qualidade do texto, das ilustrações e do projeto gráfico.

Mais informações:





quinta-feira, 14 de outubro de 2010

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

no ar


caminho livre
pensamentos soltos
um quase cair

novas estradas
braços no ar
equilibrista de si

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

quase pronto...

Foto de Vital, cedida pela Casa de Vital Brazil

"A luz, vinda das lamparinas de azeite, cintilava naquela madrugada, mal iluminando o texto do livro de Medicina que o jovem havia emprestado de um colega de classe. Com muito sono, tudo anotava, já que não teria o livro durante as provas e exames. Seus olhos piscavam e, para não adormecer, este eforçado leitor colocava seus pés numa bacia de água fria. Com os pés na água, ele enfrentava parte da noite estudando. e mergulhava no silêncio da noite, apenas cortado pelo gato da pensão que não parava de miar para os gatos da rua..."


Início da biografia do cientista brasileiro Vital Brazil Mineiro da Campanha (1865-1890).
Fazer este livro foi um grande mergulho no mundo da Ciência no Brasil do início do Século XX. 
A trajetória de Vital é fascinante. Apesar deste início pra lá de difícil.
 Logo mais estará nas livrarias.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

parece tão bom...

Foto de Leda Lucas que nos conta onde encontrou a menina: "lá no terreiro da casa de João Guimarães Rosa, em Cordisburgo, no ano de 2009."

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Fim da Viagem Literária...

A viagem acontece pelo trabalho de muitos.
Todo o pessoal da Secretaria de Cultura de São Paulo, as Secretarias de Cultura de cada município, as bibliotecárias, o motorista, que cuidadosamente nos leva às cidades. E, no caso, foi o simpático Sebastião. As bibliotecárias e agentes da cultura prepararam, com muita atenção, as bibliotecas, os livros e o público para o encontro com o escritor. A Arlete (Piedade), a Sandra (Alumínio), a Ignez (São Roque), o prof. Edson e a Wedma  (Vargem Grande Paulista), e a  Ana e a Daniela (São Caetano do Sul). 
E, claro, as crianças, os jovens e os adultos que estavam atentos, muito participativos. Nas bibliotecas, houve uma troca muito rica de experiências de leitura e de vida. Em duas cidades, duas jovens se levantaram com seus cadernos repletos de poemas e, com muita coragem, leram para o público (coragem,  digo, porque não é fácil dividir coisas do mundo subjetivo com muitas pessoas). Poemas bonitos. 
Li algumas das minhas histórias do "Almanaque dos Sentidos",  livro trabalhado e escolhido para a Viagem e alguns poemas do livro "Poemas para Sonhar" .
Enfim, conversamos muito à respeito de textos, personagens, tramas, imagens, ilustrações e do fundo de todo esse enredo, acho que veio à tona a relação que cada um tem com a palavra.
 Inesquecível.

Crianças e professores. Piedade - SP
 
Momento de leitura. Alumínio - SP
 
Ouvindo o bonito poema da  Gisele Cristina Zanutto. São Roque - SP

A bibliotecária Ana, professoras e as crianças que particparam do evento. São Caetano do Sul - SP.